Era uma noite muito simples. Essas ao qual você deseja bater a cabeça na parede e se afogar em álcool por essa vida miserável.
Mas às vezes, quando menos esperamos, algo de bom pode nos acontecer, certo?
Eu estava saindo do trabalho e acabei desviando o caminho de casa para um boteco, sentei em uma mesa, pedi um traçado, uma cerveja, um maço de cigarros e um cinzeiro.
Enquanto eu esperava, mil pensamentos corriam por minha cabeça. “O que será de mim daqui 40 minutos?”. E ficava martelando em pensamentos e oscilando entre desejos e agonias.
Depois de alguns goles que me queimavam por dentro, acendi um cigarro e tomei minha cerveja mais rápido que o costume de quando eu aparecia por ali. Entre uma risada sozinha e outra, eu suspirei. Olhei em volta por aquele lugar cheio, paguei minha conta e fui embora para finalmente o caminho de casa.
Essa é a parte que vocês se perguntam o porquê de eu estar contando essa história. Mas vamos ao que interessa.
Entre alguns passos e outros eu começava a sentir as gotas gélidas caírem sobre meu rosto, um leve arrepio me subiu quando me senti novamente sozinha.
A chuva começou a engrossar e eu continuava andando. Até que ele apareceu.
“Entra logo.”
E eu entrei, claro. Era ele. No meio daquela chuva, eu já meio bêbada e com mil pensamentos que zeraram no momento em que ele chegou. Queria saber de mais nada. Ele me olhou sério e depois sorriu. Passou a mão em meus cabelos molhados e comentou sobre gostar do novo corte e cor. Eu sei que ele ama minhas mudanças. Ele conseguia entender cada uma.
Enquanto dirigia, aumentei um pouco o som que já tocava antes de eu estar ali no carro. E era aquele cd maravilhoso que já havíamos ouvido no quarto 110, lembra?
Apesar de essa história ser bem diferente, vocês vão perceber que tudo que eu queria estava dentro daquele carro. Eu queria suprir minhas necessidades carnais, receber um colo, levar algumas surras na cama e depois ir embora. Mas a verdade mesmo é que ninguém sabe meus verdadeiros desejos.
…
A mão dela passou pela coxa do rapaz em um carinho rápido. O fitou em silêncio e sorriu de canto. Aumentou o som do carro e ajeitou-se confortavelmente em seu banco. O olhar dele ao mesmo tempo atento à pista desviava-se para as coxas dela, macias e grossas, chamativas. Era como se quando ela se mexia, um pedido mudo para possuí-la se fazia ali presente. Em sua mente ecoava a frase favorita que ela amava falar em seu ouvido.
“Me fode.”
E no meio daquele nada, naquela chuva, ele encostou o carro na beira da estrada. Ela sorriu e já avançou para seus braços e começou a beijá-lo. Os lábios passavam lentamente em selares pelo desenho de seu maxilar, e as mãos o segurava pela cintura e o puxava mais para si. Até ele se afastar e sair do carro deu a volta no mesmo, abriu a porta e a puxou para si. Ficaram ali em pé, encostados no carro, no meio do nada e debaixo daquela chuva que não acabaria tão cedo.
Os corpos se roçavam, as mãos inquietas percorriam o corpo esguio dela, tocando-lhe os seios e os apertando. Ela suspirava como se pedisse por mais.
Ela parou um instante e o segurou. Sorriu largo e o levou até a frente do carro, onde ali, em frente do farol alto tirou a calcinha lentamente, se exibindo para ele, um sorriso de canto se fez para ambos e logo ela o puxou para si. O apoiou no capô e desceu suas calças. Em um movimento rápido abaixou-se e roçou os lábios no pau do rapaz ainda por cima de sua cueca, deixou que a língua roçasse ali levemente, pressionando vez ou outra. Um gemido rouco e baixo se fez, ela sorriu, olhou para ele e desceu sua peça íntima.
Sua mão começava a masturbá-lo, movimentando-se ora ou outra lenta e rapidamente. Os movimentos oscilavam. Não aguentando mais, ela o abocanhou. Sugando seu pau por completo. A mão do rapaz entrelaçou-se aos seus cabelos e começou a movimentar a cabeça dela rapidamente em seu pau. Ela sugava. Chupava e roçava a língua ali.
Sentia seu gosto por completo.
Não se aguentando mais, ele a levantou, a jogou para cima do capô de costas para si, e sem aviso nenhum, adentrou-se em seu íntimo já quente e molhado.
Gemidos altos mesclavam-se em meio aos trovões e a chuva grossa. A conexão dos corpos era perfeita.
Entre estocadas rápidas, ele deferia tapas fortes nas coxas dela. Ouvia-a pedindo por mais, seus dedos inquietos, começaram a roçar em seu íntimo enquanto ainda continuava as estocadas.
E quando começou a sentir seu ápice, ele saiu de dentro dela e começou a masturbar-se. Ela já sabia seus gostos eram tão maravilhosos quanto os dele. Abaixou-se novamente e entreabriu os lábios. O fitou seriamente e fechou os olhos.
E ele explodiu de prazer. Deixando o rosto dela melado de prazer, mesclado às gotas de chuva que ainda caíam.
Esse foi o dia em que descobri que daqui a 40 minutos posso estar fazendo tudo que já desejei por algum momento do meu dia. Certo?
Naquele dia, pedi pra ele me deixar ali mesmo no meio do nada. Eu chamaria um táxi talvez. Eu só queria continuar meu caminho ali sozinha.